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Os trabalhos para anais serão submetidos na sua área de participante até a data:

17 de novembro de 2022
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Os trabalhos poderão ser enviados nas modalidades:

Comunicação Oral (CO)

CONHEÇA NOSSOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS / COMUNICAÇÕES LIVRES

Os Simpósios Temáticos foram pensados para fornecer ao participante as linhas de pesquisas mais importantes e inovadoras da área! Verifique as ementas e escolha a que mais se adequa ao seu trabalho!
Caso seu trabalho não se enquadre em nenhum simpósio, você poderá submetê-lo escolhendo a opção "Comunicações Livres".

Para trabalhos que não se enquadram em nenhum simpósio temático.
Coordenadores:
João Pedro Wizniewsky Amaral (UFCG)
Suênio Stevenson Tomaz da Silva (UFCG)
 
A literatura contemporânea tem como uma de suas principais características a transgressão. Em outras palavras, as obras buscam romper com normas e convenções de gênero, de forma, de tema, de discurso e até mesmo da linguagem. Nesse contexto (des)construtivo da literatura, as escrituras híbridas surgem como uma manifestação representativa da contemporaneidade, misturando, por exemplo, ficção e realidade, diferentes gêneros textuais, modalidades e signos. Consequentemente, o papel do leitor nessas escrituras híbridas torna-se mais exigente, a fim de suprir as lacunas de diferentes ordens, unificar – ou romper – estruturas. Fundamentado em estudos sobre o pós-modernismo e os estudos literários (Linda Hutcheon, Fredric Jameson, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Umberto Eco, Roland Barthes), este simpósio visa discutir como o hibridismo (formal, temático, estético, discursivo, de gênero, etc.) está presente nas mais diferentes produções literárias contemporâneas.
 
Palavras-chave: literatura contemporânea; hibridismo; pós-modernismo; escrituras híbridas.
Coordenadorxs:
Franciane Conceição Silva (UFPB)
André Luís Gomes de Jesus (UNESP)
 
Nos últimos trinta anos e, especialmente, depois da virada do século, a produção literária brasileira e latino-americana caracteriza-se por um fenômeno que poderíamos chamar virada ética, marcado pela conquista de espaço por um conjunto de autores/as antes invisibilizados/as pelo mercado editorial. Essa produção, que assume um posicionamento francamente engajado, caracteriza-se ainda pela busca de formas próprias de representação, assumindo a perspectiva intelectual dos/das que falam de/por si mesmos/as. Essas produções buscam, também, novas formas estéticas para se expressarem.  Escritoras negras e escritores negros (GONZÁLES, 1988; FANON, 2020), autores/as de origem ameríndia, autores/as que se classificam como queer e/ou transgêneros (BUTLER, 1990) são apenas alguns exemplos da diversidade literária (GLISSANT, 2005) existente no Brasil desse início de século e que exigem uma perspectiva crítica também diversa. A noção de resistência (BOSI, 2002), que se manifesta tanto da perspectiva temática quanto da visada destético-formal é um ponto de partida importante para a leitura desses artefatos literários. Desse modo, ao ultrapassar fronteiras geográficas para conectar escrevivências (EVARISTO, 1995) e experiências históricas comuns (AUGUSTO, 2016), a proposta aqui apresentada se converte em um território epistêmico para expandir as possibilidades de interlocução e comparativismos, os quais podem enriquecer os estudos literários, os estudos de tradução e os estudos de linguagem. A partir dos pontos levantados, este ST deseja acolher trabalhos que tenham interesse em divulgar resultados de pesquisas já concluídas ou em andamento com foco naquelas que abordem os seguintes campos temáticos: diáspora, ancestralidade, memória, história, resistência, negritude, raça, gênero, feminismo, racismo, corpo e identidade.
 
Palavras-chave: Diversidade; Escrevivências; Experiências históricas comuns; Memória; Resistência
 
Coordenadores:
Marcelo Medeiros da Silva (UEPB)
Raimundo Mélo Neto Segundo (UEPB)
 
A inserção das mulheres no universo da escrita foi marcada por dificuldades de toda ordem (materiais e simbólicas), o que inviabilizou o conhecimento de um número expressivo de autoras e obras de tempos pretéritos e, consequentemente, alimentou a ideia errônea de que as mulheres só passaram a produzir a partir do século XX. Por isso, o presente simpósio procura aglutinar trabalhos voltados para a reflexão acerca da produção literária de autoria feminina na América Latina a partir do século XIX até as duas primeiras décadas do século XX. Nosso objetivo é contribuir para um maior conhecimento de uma tradição de escritoras olvidadas, dando ênfase às nossas predecessoras, e, ao mesmo tempo, investigar os temas que as escritoras oitocentistas latino-americanas abordaram, os gêneros que escreveram, as estratégias de inserção que mobilizaram em um meio hostil à produção de autoria feminina, os diálogos que estabeleceram com outras escritoras na América Latina.
 
Palavras-chave: Autoria Feminina na América Latina; Crítica Feminista; Resgate; Revisão
Coordenador:
Anacã Rupert Moreira Cruz e Costa Agra (UEPB)
 
A literatura paraibana, de importância nacional e internacional, em nomes como José Lins do Rego, Augusto dos Anjos, José Américo de Almeida, Ariano Suassuna, Lourdes Ramalho, entre outros, carece ainda de estudos no que diz respeito a sua modalidade mais contemporânea, de escritores vivos e atuantes hoje. As representações da Paraíba e do paraibano, bem como suas representatividades, podem se materializar tanto na literatura de escritores nascidos nesse estado como na de autores de outros estados que escolhem localizar suas histórias na Paraíba. Este simpósio busca, assim, agregar estudos sobre escritores paraibanos, sobre ficções que se passam na Paraíba (em totalidade ou em parte), ou sobre personagens paraibanas em terras “estrangeiras”, sejam trabalhos sobre representatividade e/ou representações ou sobre quaisquer outros temas, desde que envolvam, de alguma forma, a Paraíba.
 
Palavras-chave: literatura paraibana; autores paraibanos; ficção sobre a Paraíba; representação.
Coordenadorxs:
Carolinne Taveira de Melo (PPGLI/UEPB)
Roberta Tiburcio Barbosa (PPGLI/UEPB)
Anselmo Peres Alós (UFSM)
 
Na contemporaneidade, a escrita de autoria feminina fomenta discussões a respeito de categorias como gênero, raça, classes e sexualidades, problematizando os processos de representatividade em trânsito no âmbito literário. Patricia Hill Collins e Sirma Bilge (2021) apresentam o conceito de interseccionalidade como uma ferramenta analítica para compreender e pensar reconfigurações nos entrecruzamentos sociopolíticos em voga nas produções artísticas e culturais. Audre Lorde (2019) discorre sobre as formas de empoderamento dos sujeitos periféricos, especialmente das mulheres, a partir da percepção dos variados instrumentos de subalternização utilizados pelos sistemas de dominação, para que sejam operadas ações de ruptura de tais estruturas. Gloria Anzaldúa (2000), em sua carta-ensaio, chama atenção para as “mulheres escritoras do terceiro mundo”, ao discorrer a respeito do imperativo da linguagem no campo literário, rompendo paradigmas institucionalizados através do ato da escrita. Nesse sentido, o presente simpósio pretende refletir sobre as abordagens interseccionais, a partir de fronteiras literárias, geopolíticas, culturais (CURIEL, 2007), promovidas nas escrituras de autoria de mulheres na América Latina, nos séculos XX e XXI, pensando as relações entre as múltiplas questões que envolvem as concepções subjetivas em sociedade inscritas no texto literário.
 
Palavras-chave: Literatura Contemporânea; Mulheres; América Latina; Interseccionalidade
Coordenadores:
Pedro Felipe Moura de Araújo (UFF)
Álvaro Jardel Conceição Santos de Oliveira (UFPA)
 
Pensamos que literatura, cinema e fotografia se tocam em um ponto, que é da ordem narrativa. Pelo desejo e pelo ato de narrar de quem escreve (com as palavras, com a imagem em movimento e com a luz), afinidades são estabelecidas pela instauração do tempo, da imagem e da forma. Neste simpósio, desejamos reunir trabalhos, seus autores e autoras, que partilhem ideias que pensem modos de aproximar esses três universos só na aparência distantes, para apontar descobertas e possibilidades de alianças e reverberações, evidenciando diálogos, conceitos e referências poéticas e imagéticas. O simpósio pretende compor uma cartografia trans-fronteiriça e híbrida que se movimentará em direção a um território, cujo plano comum é a palavra, a imagem – fixa e/ou em movimento – como linguagem de criação. O caminho o qual iremos percorrer busca o nexo entre literatura, cinema e fotografia, mesmo que tal procura nos conduza num estado de deriva, ainda que provisório. Trata-se de um gesto político-narrativo a fim de imaginar outros saberes no trânsito das palavras e das imagens, retirá-las dos clichês que as espreitam e as sentenciam universais. Eis uma tarefa da crítica: afrontar o real em sua dimensão de palavra dada e imagens acabadas, perscrutando no presente suas forças de memória e invenção, frente às ruínas e traumas da história à deriva no presente. Estar em deriva, se deixar levar para a tomada da consciência-de-si pelo trabalho, pela linguagem, pelo desejo da palavra e da luz.
 
Palavras-chave: Literatura; Cinema; Fotografia; Narrativa; Deriva
Coordenadoras:
Francisca Zuleide Duarte de Souza (UEPB)
Maria Rennally Soares da Silva (UEPB)
 
Neste grupo, objetivamos refletir sobre o espaço de resistência e de insubmissão encontrado nas literaturas africanas escritas por mulheres, considerando as denúncias por elas registradas nessas literaturas (BONNICI, 2009). Seja na região subsaariana, cuja população é majoritariamente negra, seja na saariana, ou setentrional, cuja população é de origem árabe, quase todos os países que integram esse continente tão diverso, composto por tribos de origens e culturas diferentes, foram submetidos ao processo de colonização/exploração, principalmente pelos povos europeus; motivos pelos quais podemos caracterizar o continente africano como um caldeirão multicultural (BOAHEN, 2010). Assim, acolhemos pesquisas que tenham as literaturas africanas escritas por mulheres e sua diáspora, como objeto de investigação, pensando na ficcionalização do vivido (ARFUCH, 2010) enquanto reflexo da multiculturalidade africana; além do imaginário e do mítico nas artes, na cultura e nas diversas linguagens dessas literaturas em consonância com a área de Letras e afins.
 
Palavras-chave: Literaturas africanas; Escrita feminina; Literaturas Pós-coloniais; Multiculturalidade
 
Coordinadorxs:
José Veranildo Lopes da Costa Júnior (UFPB)
Thays Keylla de Albuquerque (UEPB)
 
Este grupo de trabajo se destina a la discusión de estudios teórico-críticos que reflexionen sobre la narrativa contemporánea latinoamericana en su relación con los diversos acercamientos a la violencia, a partir de diferentes conceptos o claves de lectura: necropolítica, dictaduras cívico-militares, violencia urbana, autoritarismos. En este sentido, teóricos como Achille Mbembe, Pilar Calveiro, Idelver Avelar, Jaime Ginzburg, entre otros, estimulan los análisis de las obras como un punto de orientación para las consideraciones. Además de la lectura de autores y autoras de los países de lengua española, este GT también recibirá trabajos en perspectiva comparada, considerando incluso la literatura brasileña. Los trabajos podrán ser presentados en español y en portugués.
 
Palabras-clave: narrativa latinoamericana; violencia; autoritarismos
Coordenadorxs:
Moama Lorena de Lacerda Marques (UFPB)
Olavo Barreto de Souza (UEPB)
 
O presente simpósio temático se propõe a reunir pesquisas, concluídas ou em andamento, acerca da poesia de autoras naturais ou naturalizadas do/no Nordeste brasileiro. Considerando a diversidade de escrituras e materialidades dessa produção, temos especial interesse pelas que dialogam com os espaços, as temporalidades e as culturas da região, bem como por aquelas que exercitam, em suas temáticas, diferentes modos de resistência forjados no feminino. Além dos estudos que têm o texto como centralidade, são bem-vindos trabalhos que investiguem os processos de edição, circulação e recepção de obras, tendo em vista que, embora ainda sejam presentes as dificuldades de inserção no mercado e na academia, há cada vez mais iniciativas, a maior parte organizada pelas próprias poetas, para promover a visibilidade de suas criações.

Palavras-chave: Poesia de autoria feminina; Poesia no Nordeste; Autorias femininas não-canônicas; Resistências
Coordenadorxs:
Sueli Meira Liebig (UEPB)
Josimar Soares da Silva (UEPB)
 
Este Simpósio busca diálogos que envolvam textos literários dos mais diversos gêneros, a saber: o romance, o conto, a poesia, o drama e outros, a partir de perspectivas teórico-discursivas que possibilitem questionamentos sobre Decolonilidade (DUSSEL, 2000; QUIJANO, 2005; LANDER, 2005), Afromarxismo (NYERERE, 1968, NKRUMAH, 1967); Interseccionalidade (CRENSHAW,1989; COLLINS & BILGE, 2016; AKOTIRENE, 2018 ; RIBEIRO, 2019);  Imigritude (AHMAD, 2002; APPADURAI, 1999; CANCLINI, 2003),  Afrocosmopolitismo (CANEVACCI, 1996;  CHAMBERS, 1994;  CLIFFORD , 1998), Mulherismo (WALKER,1979; HUDSON-WEEMS,1988) Amefricanidade (GONZÁLEZ, 1988); Escrevivência (EVARISTO, 2005) e demais corolários e/ou tendências teórico-críticas afrocêntricas. Como argumenta Henry Louis Gates Jr. em The Signifying monkey: A theory of African-American Criticism (1988), a tradição negra tem que falar por si mesma sobre a sua natureza e suas várias funções, ao invés de lê-la ou analisá-la nos termos de teorias emprestadas de outras tradições, como uma espécie de apropriação indébita. Nesta direção, a relação da teoria literária hegemônica com a literatura afro-americana (e, por extensão, com as demais) enseja às literaturas não canônicas a oportunidade determinar o quão branca é a teoria da literatura ou o quão negra pode ser uma crítica relacionada aos métodos críticos alinhados com a crítica estrutural ou pós-estrutural. Diante da falta de adequação em aplicar a crítica do texto negro a um corpo teórico oriundo de uma tradição crítica pautada e perpetuada por homens brancos que representaram o negro nas suas obras como seres humanos de segunda categoria ou mesmo signos e símbolos do grotesco e do obsceno,  buscamos respaldo nos aportes teóricos acima elencados para  fundamentar e justificar o amplo alinhamento dos textos que serão aceitos por este Grupo de Trabalho.
 
Palavras-chave: Afrodiáspora; Interseccionalidade; Áfricas; Afromarxismo; Imigritude
Coordenadorxs:
Emanuelle Valéria Gomes de Lima (UEPB)
Giovane Alves de Souza (UEPB)
Maria Simone Marinho Nogueira (UEPB)
 
O cânone literário tem sido constituído, em grande parte, por homens brancos, de classe média/alta, e ocidentais, sendo regulado por uma ideologia que exclui as mulheres das etnias não brancas, das chamadas minorias sexuais, dos segmentos sociais menos favorecidos (Cf. BONNICI; ZOLIN, 2009, p. 327). Assim, a mulher encontra-se em um contexto em que não se pode falar (Cf. SPIVACK, 2010). bell hooks (2019), ao rememorar sua infância, observou como esse tipo de repressão é latente na criação das mulheres desde pequenas, quando suas falas são comumente reprimidas para dar lugar à “fala correta da feminilidade” (Cf. hooks, 2019, p. 32). Para romper tal exclusão foi preciso impor uma alteridade feminina que reivindicasse o direito de existência. E essa representação nem sempre foi possível. Ora, é justamente por essa razão que é importante haver representações construídas por mulheres escritoras (SCHNEIDER, 2000, p. 120). Dessa forma, rompendo silêncios e recusando a marginalidade, a escrita de autoria das mulheres vem redimensionando olhares nas artes. Assim, o escopo dos textos que são produzidos sobre e por mulheres é, atualmente, muito mais amplo, posto que a inscrição dos sujeitos enquanto mulher passou a ser muito mais do que uma identidade solidificada; ela passa por modificações ao longo da história, e essas modificações alteram o uso da língua, o que, por sua vez, altera também os lugares que a cultura confere aos sujeitos (KEHL, 2016, p. 20). Pensando nisso, este simpósio pretende reunir trabalhos que tragam como objeto de pesquisa produções escritas por mulheres.
 
Palavras-chave: Escrita das mulheres; Literatura contemporânea; Literatura e Estudos de Gênero; Representação feminina
 
Coordenador:
Wanderlan Alves (UEPB)
 
Partindo das discussões das últimas décadas sobre a cultura contemporânea da literatura e das artes e de suas relações com a literatura e arte modernas, este simpósio pretende receber trabalhos que transitem pelos seguintes eixos: (1) discussão do estatuto, das concepções e formas da crítica atual e dos debates teóricos no âmbito latino-americano; (2) estudo das transformações escriturais da literatura e da crítica, bem como suas possíveis contaminações recíprocas; ou (3) leitura e análise de obras literárias e objetos estéticos que proporcionem um olhar crítico ao debate acerca da literatura latino-americana contemporânea, suas estratificações temporais e tensões com a globalização, ou a materialidade dos objetos estéticos. O simpósio abre uma discussão acerca da teoria e da crítica literária contemporâneas na América Latina, seus movimentos hermenêuticos e os paradigmas de leitura em disputa, diálogo ou conflito, numa tentativa de analisar as afecções entre a literatura, a arte, a crítica, a teoria, a economia e a política na dinâmica das produções estéticas recentes e do pensamento latino-americano.
 
Palavras-chave: crítica contemporânea; teoria literária; América Latina; modos de ler
Coordenadoras:
Isis Milreu (UFCG)
Tatiane Santos (UNEMAT)
 
Atualmente, a literatura de autoria feminina tem conquistado um espaço significativo entre leitores e críticos, especialmente, na América Latina. Aliás, a qualidade dessa produção tem sido reconhecida recentemente através de diversas premiações, bem como de números expressivos de vendas e traduções.  Contudo, as obras escritas por mulheres ainda são escassamente estudadas quando comparadas aos estudos sobre aquelas que são produzidas por autores homens. Dessa forma, o presente simpósio objetiva contribuir com a ampliação, visibilização e aprofundamento de pesquisas sobre a literatura de autoria feminina latino-americana contemporânea. Nesse sentido, serão aceitos trabalhos que versem sobre os múltiplos aspectos de obras criadas por escritoras latino-americanas a partir da década de 1960.
 
Palavras-chave: autoria feminina; literatura contemporânea; América Latina
Coordenador:
Sergio Assunção (UFCG)
 
 
Ao receber o prêmio Nobel literário no ano de 1990, o poeta e crítico mexicano Octavio Paz destacou em seu discurso intitulado "A busca pelo presente" que somente a experiência do poético é capaz de tocar o instante e revivê-lo sob a forma do poema, abrindo-se à possibilidade de reinventar o presente em sua dobra contemporânea/extemporânea, em decorrência do desgaste das utopias e da fratura do tempo e do espaço – enquanto convenções ordenadoras da subjetividade moderna. Nesse sentido, mediante ao solo movediço do presente, torna-se imprescindível perspectivar a poesia como um lugar crítico e recondicionador da sensibilidade, elevando o poema à dimensão extemporânea de um abrigo, forjado sob o prisma da solidão, da perplexidade e da comunhão. Neste simpósio, pretende-se debater e investigar os diversos modos pelos quais a lírica moderna e contemporânea na América Latina vislumbra reinventar o real por meio da experiência do poético, em face da indigência, da precariedade e do embrutecimento relacional desinentes da barbárie e do fascismo, ratificando a inospitalidade do presente.
 

I Seminário Nacional do Grupo de Estudos de Literatura e Crítica Contemporâneas

Literatura e crítica latino-americanas contemporâneas: das derivas formais e discursivas aos imperativos éticos