Coordenadorxs:
Sueli Meira Liebig (UEPB)
Josimar Soares da Silva (UEPB)
Este Simpósio busca diálogos que envolvam textos literários dos mais diversos gêneros, a saber: o romance, o conto, a poesia, o drama e outros, a partir de perspectivas teórico-discursivas que possibilitem questionamentos sobre Decolonilidade (DUSSEL, 2000; QUIJANO, 2005; LANDER, 2005), Afromarxismo (NYERERE, 1968, NKRUMAH, 1967); Interseccionalidade (CRENSHAW,1989; COLLINS & BILGE, 2016; AKOTIRENE, 2018 ; RIBEIRO, 2019); Imigritude (AHMAD, 2002; APPADURAI, 1999; CANCLINI, 2003), Afrocosmopolitismo (CANEVACCI, 1996; CHAMBERS, 1994; CLIFFORD , 1998), Mulherismo (WALKER,1979; HUDSON-WEEMS,1988) Amefricanidade (GONZÁLEZ, 1988); Escrevivência (EVARISTO, 2005) e demais corolários e/ou tendências teórico-críticas afrocêntricas. Como argumenta Henry Louis Gates Jr. em The Signifying monkey: A theory of African-American Criticism (1988), a tradição negra tem que falar por si mesma sobre a sua natureza e suas várias funções, ao invés de lê-la ou analisá-la nos termos de teorias emprestadas de outras tradições, como uma espécie de apropriação indébita. Nesta direção, a relação da teoria literária hegemônica com a literatura afro-americana (e, por extensão, com as demais) enseja às literaturas não canônicas a oportunidade determinar o quão branca é a teoria da literatura ou o quão negra pode ser uma crítica relacionada aos métodos críticos alinhados com a crítica estrutural ou pós-estrutural. Diante da falta de adequação em aplicar a crítica do texto negro a um corpo teórico oriundo de uma tradição crítica pautada e perpetuada por homens brancos que representaram o negro nas suas obras como seres humanos de segunda categoria ou mesmo signos e símbolos do grotesco e do obsceno, buscamos respaldo nos aportes teóricos acima elencados para fundamentar e justificar o amplo alinhamento dos textos que serão aceitos por este Grupo de Trabalho.
Palavras-chave: Afrodiáspora; Interseccionalidade; Áfricas; Afromarxismo; Imigritude